Lou Rhodes_Bloom

«Bloom» promete consolidar o nome de Lou Rhodes como algo mais que a ex-vocalista dos Lamb. Com efeito, ao segundo trabalho a solo, e com uma nomeação para o prestigiado Mercury Prize pelo meio, são já algumas as vozes a apelidar Lou como pedra basilar numa nova geração de adeptos da folk made in UK. Em entrevista ao Disco Digital, Lou Rhodes fala, entre outras coisas, da vida no campo e do provável regresso a Portugal no primeiro trimestre de 2008.


_Lou Rhodes regressou esta semana a Portugal para acções promocionais envolvendo «Bloom», a novidade da cantora. Por entre showcases e entrevistas, fica, em primeira instância, a certeza de um célere regresso para novos espectáculos. «Certamente que isso vai acontecer. Neste momento vim a Portugal apenas para pequenos showcases e acções promocionais. Um showcase é sempre algo de ingrato, o pouco tempo que existe não dá para estabelecer uma real comunhão com a audiência. Ao contrário dos concertos, aqui estou completamente sozinha, e fico ainda muito nervosa com o ter de tocar guitarra. Cantar não é problema, mas tocar guitarra ainda é algo relativamente novo para mim e que me deixa ainda algo nervosa (risos). Mas gosto do desafio de tocar completamente sozinha. De qualquer forma, está a ser preparada uma digressão europeia e Portugal está no topo da lista de países a visitar. Provavelmente em Fevereiro ou Março regressarei.»




_«Beloved One», a estreia pós-Lamb, espantou pela radical mudança sonora: onde antes, nos Lamb, elementos electrónicos falavam mais alto, a mudança presente para a folk viu reconhecimento maior numa nomeação para o prestigiado Mercury Prize Award, que acabou por ir parar às mãos dos Arctic Monkeys. «Foi realmente uma loucura. Recordo-me de estar numa reunião em Londres, com o meu manager, e de alguém lhe ter ligado a informar que eu tinha sido nomeada para os Mercury. A grande virtude destes prémios é que são muito transversais, abrangem muitos géneros de música. Mas não deixa de ser algo bizarro ter estar nomeada ao lado de grandes sucessos como os Arctic Monkeys ou os Muse. »




_«Bloom», à imagem do seu antecessor, é percorrido por ambiências acústicas que remetem para paisagens campestres. A nível de letras, a cantora não hesita em considerar a escrita de canções uma forma muito pessoal de lidar com as emoções. Uma terapia, arrisca-se dizer. «Tudo aquilo que faço musicalmente é, para mim, um processo catártico. Uma necessidade, no fundo. Cheguei à conclusão que sou muito intensa enquanto pessoa. Não sei, contudo, se o local onde vivo tem algo a ver com isso. É uma vida meio esquizofrénica, sabes? Num dia posso estar tranquila em casa, no campo, com os meus filhos, e no dia seguinte posso estar numa qualquer cidade, ou em viagem, tudo por culpa da música. É difícil explicar exactamente a música que faço. Os meus dois discos tiveram processos de gravação e composição muito semelhantes. Talvez o «Bloom» seja algo mais negro e intenso.»

(Entrevista com Lou Rhodes: TV Rural_Pedro Figueiredo_in Disco Digital)

1. The Rain

2. Greatness In A Speck Of Dust

3. Icarus

4. Never Loved A Man ( Like You)

5. All We Are

6. Chase All My Winters Away

7. This Love

8. They Say

9. Sister Moon

10. Bloom

Lou Rhodes The Rain








Site oficial: http://www.infinitebloom.com/

Myspace: http://www.myspace.com/lourhodes